sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Me deixa?

Me deixa ser aquela que irá acordar e despertar ao teu lado todos os dias. Me deixa ser aquela que estará contigo em todos os sentidos possíveis. Me deixa ser tua, deixa? Não precisa complicar, tem tudo pra ser nós dois. Tem de ser. Não precisa pedir, sou sua por completo, de corpo e alma.
Me deixa ser aquela que você irá pedir beijos, carícias, abraços, cafunés, sempre que precisar... Deixa? Vamos ser eu e você. Vamos ser nós. Vamos juntar nossa solidão, ser um só.
Deixa eu ser a que vai trazer-lhe café da manhã na cama, não precisa ser você. Não gosto do normal, do comum. Gosto das coisas diferentes pois assim tem graça.
Deixa eu ser a que trará chocolates em forma de coração pra ti. Deixa eu ser a romântica. Me deixa cuidar de ti? Você não parece ser daqueles que precisam disso, mas deixa mesmo assim?
Seria tão bom se fosse fácil assim, não é? Se você fosse meu, se eu fosse tua...
Se fôssemos nós...

domingo, 19 de agosto de 2012

Ah, querida liberdade!



Superei. Agora eu não me sinto mais presa à você, quando na verdade eu nunca fui sua, nunca houve qualquer sentimento entre nós, era tudo apenas uma brincadeira para ti, não era?
Passou. Tudo o que eu sentia, eu já não sinto mais. Sei que a superação é muito mais forte do que qualquer tipo de dor já sentida. Descobri que você só me trouxe idealizações que jamais poderiam ser realizadas, pobres ilusões... A tua graça já não tem mais encanto, o brilho se foi.
Descobri que a minha felicidade independe de ti, independe da tua presença em minha vida, independe daquilo que um dia eu poderia ter chamado de amor.
Agora eu sinto a liberdade, a paz, a felicidade dentro de mim. É uma sensação tão quente, tão harmoniosa, tão pacífica. A lembrança de ti já não me faz falta, na verdade, é muito melhor assim. Já não sinto raiva, saudade, tristeza...
Estou livre, em paz comigo mesma, algo que eu já não sentia há muito tempo.
Ah, liberdade, querida liberdade! Como é bom estar contigo! Você só me traz energias boas, pensamentos bons, como eu queria que você nunca me deixasse...
Superei.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mudança


Faz tempo... Faz tempo que não vou, faz tempo que não venho, faz tempo que nada faz sentido.
Faz tempo que anda difícil, faz tempo que estou pra te encontrar, faz tempo que eu estou aqui e você nem aí.
Faz tempo que eu não sinto algo, faz tempo que você anda assim, distante de mim.
O que acontece? Me fala, me diz o que eu tenho de fazer pra te ver feliz, pra te ter comigo, pra gente viver o nosso conto de fadas como sempre quisemos.
Faz tempo que a escrita não se desenvolve, faz tempo que o lápis não escreve, faz tempo...
Faz tempo que não há inspiração, não há ideias, não há nada que possa me fazer esquecer.
Esquecer? Difícil. Tentar? É outra história...
Passou-se um tempo mas eu consegui, sabe? Agora eu não penso mais em ti. Pensar em você doía, mas agora não mais.
Mudei minha cabeça, modifiquei certos pensamentos, percebi que preciso dar valor às pessoas que gostam de mim. Você não deu, ou pior, você só prometeu e não cumpriu. Pra se ter valor, é preciso dar valor. E você já não vale mais nada. Sem valor, sem sentimento, sem você.
Preciso dar valor à mim mesma e às pessoas que realmente valem a pena. Eu vou cuidar é de mim mesma. É o melhor que faço.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Em homenagem

Não tenho tido tempo para escrever... Na verdade, tempo para organizar minhas ideias e meus pensamentos está sendo praticamente inviável para minha pessoa. Tanta coisa aconteceu nessas últimas semanas... Sinceramente, uso este post para fazer um desabafo pois é isto que estou precisando no momento.
Sinto uma falta imensa e inexplicável das minhas melhores amigas perto de mim... Era tão bom todas nós juntas, vivendo a adolescência, conversando besteiras. Mas isso sou só eu sendo nostálgica. A saudade é tão grande que não cabe no peito. É óbvio que, eventualmente, cada uma seguiria seus caminhos, seus objetivos, seus futuros.
Porém agora, me sinto tão sozinha, fraca, fragilizada. Sinto-as tão distantes, não é mais a mesma coisa. Não há mais aquele calor sentimental de antes... Está tudo tão incômodo, obscuro, vazio. Vazio é algo que esteve constante em meus sentimentos há um tempo já. Eu sinto falta, tanta falta que chega a doer.
É muito ruim quando temos pessoas importantes, especiais, e, ao mesmo tempo, há a distância que nos separa tão friamente. De verdade, quem inventou a distância era um insensível e não sabia o que significava a saudade.
Portanto, deixo aqui meu desabafo pessoal...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sozinho

Sabe quando você se sente sozinho? Não há amigos, irmãos ou qualquer outra pessoa pra te deixar melhor? Eu não sei o que é pior: você sentir-se sozinho ou estar rodeado de pessoas que se importam contigo e, mesmo assim, sentir que não há ninguém por perto. Creio eu ser esta última. Não há um motivo, especificamente, ou melhor, são todos eles misturados em uma bola de neve imensa que formou-se há tempos...
E este amontoado de coisas ameaça passar por cima de ti, e, não importa o que você faça, não existe nada que possa impedi-lo. Como pode? Um ser tão seguro, constante, decidido de si... Tornar-se esta criatura instável, frágil, volúvel? É tanto sentimento confundido, embaralhado cujo motivo inicial você não consegue nem se lembrar. Pois lembrar e relembrar dói e a dor você não quer mais senti-la. A vontade maior é que ela vá embora de uma vez por todas. Sem avisos, sem delongas, sem demora.

domingo, 17 de junho de 2012

À procura

Eu não quero saber de mais nada. Eu só quero saber de você e eu. Eu quero você na minha cama na sexta-feira à noite, no sábado de manhã e no domingo à tarde. Eu quero você pra mim todos os dias. Quero você rotina. Quero você sempre.
Eu não quero acordar amanhã e sentir o vazio ao meu lado. Eu te quero por inteiro. De corpo e alma.
Se for muito difícil, não tem problema. Tentarei te procurar em outros rostos, em outros corpos, em outras almas. Te procurarei nas ruas, nos horizontes, nos meus sonhos. Te procurarei em todos os lugares, sabendo que será em vão.
Ninguém será igual a você, ninguém terá teus toques, ninguém terá teus beijos inesquecíveis nem seus abraços envolventes. Ninguém jamais será você.
Eu quero que você esteja lá quando a tempestade chegar, eu quero que você esteja lá pras minhas lágrimas enxugar, eu quero ser o ar que você vai respirar.
Você é o lugar onde eu vou achar a paz esperada, onde eu vou me sentir segura sem ter qualquer preocupação, onde sei que serei feliz.
Eu não quero saber de mais nada. Eu só quero saber de mim e ti. Eu quero me sentir amada, eu quero me sentir desejada, eu quero sentir aquela boa e velha sensação na boca do estômago quando se está apaixonado. Eu não quero só isso, é claro que não, eu quero todas as boas sensações desse mundo. Eu também quero que você sinta o mesmo que eu. Eu quero me apaixonar, eu quero amar e ser amada!
Se for muito difícil, não tem problema... Vou tentar achar o amor em outro lugar.

Cause she lives inside a fairytale sand castle now and there's room inside for false expectations and illusions...

terça-feira, 12 de junho de 2012

Me leva

Me leva, me leva daqui, me leva pro teu carro, pro teu sossego, pro teu ponto de fuga, me diz que a gente vai ser feliz.
Me leva de jeito, me leva sem jeito, me leva daquele jeito que você gosta. Me leva pros teus braços, onde eu possa me entreter e esquecer de tudo, me leva pra longe daqui, onde teremos certeza que ninguém há de nos achar. Me leva.
Me leva inocente, me leva indecente, me leva carente. Me leva pior, me leva melhor, só me leva.
Me leva do jeito que você gosta, me leva porque é assim que te quero aqui. Me leva pro teu mundo, me faça de louca, me chama de amor, me chama do que quiseres.
Me leva, me chama, me fascina, me atrai. 
Me desperta, me ganha, me conquista, me excita.
É só o que te peço. Me entrego, me dou, me rendo. 
É só isso que te peço. Me leva.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Saudades

Sinto saudades de enxergar o mundo de uma forma diferente, de uma harmonia, de uma felicidade aconchegante, de bons tempos, bons momentos.
Saudades do aroma quente de uma manhã calorosa, do aconchego da tarde, da lua cheia da noite.
Saudades das longas cartas que você me escrevia, dos carinhos, dos beijos, dos olhares profundos...
Saudades do seu perfume, daquele abraço confortável, daquela voz... me chamando amor.
Sinto saudades... Daquilo que eu nunca tive.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Enigmático

Ele era tão fascinante e tão belo que eu poderia admirá-lo por horas e horas sem que ele pudesse perceber minha presença. Mas era assim que eu gostava, era de minha conveniência, de meu interesse. Ser notada não estava em meus planos, muito pelo contrário, queria permanecer o mais anônima possível. Apesar das várias doses de whiskey, precisava manter-me consciente e sã de tudo.
Sua personalidade encantava-me, era um mistério, um enigma do qual não iria sossegar até decifrá-lo. O sorriso deste homem fazia qualquer mulher derreter, seus olhos sorriam também e isto era deslumbrante - para mim, pelo menos. Poderia ter a mulher mais poderosa aos seus pés mas era dito que nunca havia se envolvido sério com alguém. Como pode uma criatura tão perfeita não ser compromissado com ninguém? Era mais uma das perguntas que pairavam em minha cabeça. 
Já era mais do que tarde e todos - bêbados e quase incompetentes de voltar às suas respectivas casas - do local resolveram partir. E, de repente, eis que a figura enigmática levanta-se e dirige-se ao sanitário masculino. Dois minutos depois, volta e pede uma cerveja para o barman. Está sozinho, todos haviam ido embora e um silêncio ensurdecedor toma conta do estabelecimento.
Havia apenas três pessoas no bar: eu, meu tal misterioso e o barman. Eu não poderia vacilar, ele estava a três metros somente de mim e uma olhadela para trás, já era. Eu estaria descoberta...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Liberdade

Hoje eu quero ser livre. Não só hoje como amanhã, semana que vem, mês que vem. Eu quero ser livre o tempo inteiro pro resto da minha vida! Quero poder fazer as minhas próprias coisas sem ninguém falar nada, sem julgamentos, sem cara feia, sem nada. Quero ajudar um amigo em apuros, quero escolher meu próprio estilo, eu quero andar na rua sem ser percebida!
Quero ter dinheiro no bolso, quero ser o motivo da sua risada, quero andar pelas areias da praia no silêncio da noite calada. Quero colocar a música no ouvido e os pés no chão, quero correr e gritar como se não houvesse o amanhã. Quero amores correspondidos, paixões calorosas e você aqui do meu lado sussurrando palavras e gemidos. Quero o mundo inteiro, quero o céu de brigadeiro, quero a felicidade com uma pitada de amor, ou vice-versa, tanto faz!


Sou gulosa, carente...
Sou um pouco de tudo isso e de tudo isso um pouco.

Somente dor

Talvez eu não tenha feito a minha parte. Talvez eu tenha e ninguém a valorizou, tomou conhecimento ou qualquer coisa do tipo. É difícil não saber o que você vai/quer fazer da vida. Acho que ninguém sabe, conscientemente. 
Mas sabe quando você está cansado de tudo? Sabe quando você sente que todos estão jogando uma bomba em cima de ti mas não há ninguém para te socorrer? Parece que o mundo está contra você. Sei que isso soa extremamente egoísta, - achar que você é a vítima de tudo e todos - mas infelizmente é assim como eu me sinto. 
Sinto um peso nas minhas costas e não faço ideia de como retirá-lo. É pesado, é dolorido, é exaustivo. É tão exaustivo que sinto minhas pernas tremerem e sinto que vou cair e, mais uma vez, não há ninguém para me dar a mão e dizer "Vai ficar tudo bem.". 
Não, não há! Ninguém! É claro que eles pensam que estão te ajudando, não são eles que estão na sua pele, são? "Cooperando para o seu melhor", mas não, só estão te prejudicando. E o pior? Não sabem disso. Dizendo palavras más, palavras que machucam.
E as lágrimas que tanto queriam rolar pelo seu rosto, finalmente caem... E não há ninguém pra impedir que elas caiam... Não há!



domingo, 3 de junho de 2012

Inimaginável

A situação era um momento único, inesquecível, inesperado. Algo com que sonhava há anos, promissor, ambicioso, excitante. Mas na verdade, não era exatamente naquele lugar em que queria estar, preferia estar no aconchego de sua cidade natal, no aconchego de sua casa, naquele ambiente em que tanto sonhou.
Não foi bem assim. Aliás, foi algo totalmente fora de suas expectativas, de seus sonhos, de suas ilusões. Algo que rabiscava em seu caderno de colégio e não se tornou real. E aquilo de fato acabou se tornando ilusão, somente para ela. Não pertencia àquele lugar, não pertencia àquelas pessoas. Na realidade aquelas pessoas só estavam ali por estar. Aquelas pessoas sim dependiam daquela ocasião. Dependiam tanto que não se importavam com a circunstância daquela pobre garota.
Apenas fingiam. Fingiam, aparentavam, simulavam. Não havia olhos verdadeiros. Não havia palavras genuínas. Não havia nada do que ela realmente precisava. Se houvesse, ela não a sentia de forma alguma. A ausência de autenticidade, lealdade, honestidade era tanta que se aquele recinto pudesse ter um nome, com certeza seria "falsidade".
Algo tão oposto, contrário, distorcido. Ela não entendia. Tentava frustradamente compreender, mas não conseguia. Era difícil, fora de seu imaginável.

E simplesmente desistiu...


Desistir? Não era típico de seus valores ou ela teria de abrir mão deste pra poder encontrar sua felicidade?


Inspiração: Foster the People e Four Year Strong

sábado, 2 de junho de 2012

Quem?

Era só mais uma garota. Uma simples adolescente sonhadora brincando com suas ilusões, superando seus medos, seus obstáculos. Tímida, destemida, paciente, teimosa, ela nunca desistia daquilo que queria com todas as suas forças. 
Valorizava, e muito, sua família. Em conjunto, passaram por muitos momentos, tanto bons, como ruins. Assim como qualquer família "normal". 
Conversas, confusões, compreensões. Berreiro, reuniões, tratos. Mais compreensões, mais berreiros. Dependência química, mentiras, roubos físicos e psicológicos. Falta de confiança. Falta de conversa. Falta-se tudo...
Após um tempo, tudo começa a se resolver, tudo volta a ficar tudo bonito e colorido. Mas não é bem assim que as coisas naturalmente acontecem, é? Pois não deveriam ser. Não era pra ser, pelo menos. 
As verdades voltam, a confiança chega, a conversa que era pra ser séria, torna-se algo passageiro, efêmero, findável. Tudo acaba tendo um término, um ponto final...